Trepadeira Testo
Testo Trepadeira
Margarida era rosa, bela
Cheirosa e grampola, tipo casa das camélias
Gostosa, bromélia, toda prosa
A me enlouquecer, bela, tipo um ipê frondosa
É lírio, causa delírios, mire-a
Vício é vigiar, chique como orquídea
Ah, cabelos como samambaia e xaxim, flô
Perto dela as outras são capim pô
Girassol, violeta, beleza violenta
Passou por aqui como se o mundo gritasse arrasa bi! Flor de laranjeira ou primavera inteira são
Flores e mais flores todas as cores da feira, irmão
(Ô essa nega é trepadeira, hein)
Não é tulipa a fama dela na favela enquanto eu dava uma ripa
Tru, azeda o caruru
E os manos me falavam que essa mina dava mais do que chuchu (eita noiz)
Ai é problema, hein, você é loco
Você era o cravo ela era a rosa, e cai entre nós gatinha
Quem não fica bravo dando sol e água e vendo brotar erva daninha
Chamei de banquete era fim de feira
Estendi o tapete mas ela é rueira
Dei todo amor, tratei como flor
Mas no fim era uma trepadeira
Mamãe olhou e me disse "isso ai é igual trevo de três folhas
Quer comer, come mas não dá sorte"
Vai, brinca com a sorte
Bem me quer, mal me quer, ó Nosso amor perfeito amargou, tipo um jiló
Maria sem vergonha, eu, burro, chamei de trevo de quatro folhas
In love, enraizou, fundo Mas com você não da, ou melhor dá, mas pra tudo mundo
Eu quis te ver de jasmim, firmeza
No altar, preza, branquinho, olha, magnólia, beleza
Victoria régia, brinco de princesa
Azaleia pura, Madre Teresa Mas não
Você me quis salgueiro chorão, costela de adão
Raspou o cabelo de sansão e tu vem, meu coração parte e grita assim
Arrasa biscate!
Merece era uma surra, de espada de São Jorge (é)
Um chá de "comigo ninguém pode"
Eu vou botar seu nome na macumba, viu
Então segura
Você era o cravo ela era a rosa, e cai entre nós gatinha
Quem não fica bravo dando sol e água e vendo brotar erva daninha
Chamei de banquete era fim de feira
Estendi o tapete mas ela é rueira
Dei todo amor, tratei como flor
Mas no fim era uma trepadeira
('Tás vendo ai parceiro?) o que?
(Fui dar assunto, ai, virou bagunça
Me esculachou, por sorte)
Que sorte hein
(Também agora sai fora, xô xô)
Vai embora, pode descer a ladeira
(Xô, xô)
Sai, sai andando, não merecia nem esse rap
Gastando tinta com isso ai, 'tá loco
(Mas que era bom era) é verdade
Vou tirar onda, peguei no rabo da palavra e fui com ela
Peguei na cauda da estrela dela
A palavra abre portas, 'cê tem noção?
É por isso que educação, você sabe, é a palavra-chave
É como um homem nu todo vestido por dentro
É como um soldado da paz armado de pensamentos, é como uma saída, um portal, um instrumento
No tapete da palavra chego rápido, falado, proferido na velocidade do vento, escute meus argumentos
São palavras de ouro, mas são palavras de rua
Fique atento
Tendo um cabelo tão bom, cheio de cacho em movimento, cheio de armação, emaranhado
Crespura e bom comportamento
Grito bem alto, sim, qual foi o idiota que concluiu que meu cabelo é ruim?
Qual foi o otário equivocado que decidiu estar errado o meu cabelo enrolado?
Ruim pra quê, ruim pra quem?
Infeliz do povo que não sabe de onde vem
Pequeno é o povo que não se ama, o povo que tem na grandeza da mistura o preto, o índio, o branco
A farra das culturas
Pobre do povo que, sem estrutura, acaba crendo na loucura de ter que ser outro para ser alguém
Não vem que não tem
Com a palavra eu bato, não apanho
Escuta essa, neném, sou milionário do sonho
Cheirosa e grampola, tipo casa das camélias
Gostosa, bromélia, toda prosa
A me enlouquecer, bela, tipo um ipê frondosa
É lírio, causa delírios, mire-a
Vício é vigiar, chique como orquídea
Ah, cabelos como samambaia e xaxim, flô
Perto dela as outras são capim pô
Girassol, violeta, beleza violenta
Passou por aqui como se o mundo gritasse arrasa bi! Flor de laranjeira ou primavera inteira são
Flores e mais flores todas as cores da feira, irmão
(Ô essa nega é trepadeira, hein)
Não é tulipa a fama dela na favela enquanto eu dava uma ripa
Tru, azeda o caruru
E os manos me falavam que essa mina dava mais do que chuchu (eita noiz)
Ai é problema, hein, você é loco
Você era o cravo ela era a rosa, e cai entre nós gatinha
Quem não fica bravo dando sol e água e vendo brotar erva daninha
Chamei de banquete era fim de feira
Estendi o tapete mas ela é rueira
Dei todo amor, tratei como flor
Mas no fim era uma trepadeira
Mamãe olhou e me disse "isso ai é igual trevo de três folhas
Quer comer, come mas não dá sorte"
Vai, brinca com a sorte
Bem me quer, mal me quer, ó Nosso amor perfeito amargou, tipo um jiló
Maria sem vergonha, eu, burro, chamei de trevo de quatro folhas
In love, enraizou, fundo Mas com você não da, ou melhor dá, mas pra tudo mundo
Eu quis te ver de jasmim, firmeza
No altar, preza, branquinho, olha, magnólia, beleza
Victoria régia, brinco de princesa
Azaleia pura, Madre Teresa Mas não
Você me quis salgueiro chorão, costela de adão
Raspou o cabelo de sansão e tu vem, meu coração parte e grita assim
Arrasa biscate!
Merece era uma surra, de espada de São Jorge (é)
Um chá de "comigo ninguém pode"
Eu vou botar seu nome na macumba, viu
Então segura
Você era o cravo ela era a rosa, e cai entre nós gatinha
Quem não fica bravo dando sol e água e vendo brotar erva daninha
Chamei de banquete era fim de feira
Estendi o tapete mas ela é rueira
Dei todo amor, tratei como flor
Mas no fim era uma trepadeira
('Tás vendo ai parceiro?) o que?
(Fui dar assunto, ai, virou bagunça
Me esculachou, por sorte)
Que sorte hein
(Também agora sai fora, xô xô)
Vai embora, pode descer a ladeira
(Xô, xô)
Sai, sai andando, não merecia nem esse rap
Gastando tinta com isso ai, 'tá loco
(Mas que era bom era) é verdade
Vou tirar onda, peguei no rabo da palavra e fui com ela
Peguei na cauda da estrela dela
A palavra abre portas, 'cê tem noção?
É por isso que educação, você sabe, é a palavra-chave
É como um homem nu todo vestido por dentro
É como um soldado da paz armado de pensamentos, é como uma saída, um portal, um instrumento
No tapete da palavra chego rápido, falado, proferido na velocidade do vento, escute meus argumentos
São palavras de ouro, mas são palavras de rua
Fique atento
Tendo um cabelo tão bom, cheio de cacho em movimento, cheio de armação, emaranhado
Crespura e bom comportamento
Grito bem alto, sim, qual foi o idiota que concluiu que meu cabelo é ruim?
Qual foi o otário equivocado que decidiu estar errado o meu cabelo enrolado?
Ruim pra quê, ruim pra quem?
Infeliz do povo que não sabe de onde vem
Pequeno é o povo que não se ama, o povo que tem na grandeza da mistura o preto, o índio, o branco
A farra das culturas
Pobre do povo que, sem estrutura, acaba crendo na loucura de ter que ser outro para ser alguém
Não vem que não tem
Com a palavra eu bato, não apanho
Escuta essa, neném, sou milionário do sonho
LEANDRO ROQUE DE OLIVEIRA, FELIPE VASSAO
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